CICLO GUITARRÍSIMO É FRANQUEADO AOS ASSOCIADOS DA AV-RIO
CICLO GUITARRÍSIMO É FRANQUEADO AOS ASSOCIADOS DA AV-RIO
Nicolas de Souza Barros (UNIRIO)
Na quarta-feira passada, fui assistir o recital do jovem violonista chileno Renato Serrano na Sala Cecília Meireles, evento que compõe a programação da série Guitarrisimo, uma produção da Dell’Arte e do Instituto Cervantes. Lá encontrei com Carla Branco, a Coordenadora de Assuntos Culturais do Instituto Cervantes, e na conversa que seguiu, ela sugeriu a idéia de franquear os ingressos dos associados da AV-Rio que apresentassem o boleto bancário (ou uma declaração) comprovando o pagamento do 1o semestre de 2007. (Associados que estiverem em dia com a AV-Rio, mas que não conseguirem encontrar o seu boleto bancário, podem obter uma declaração com Julio Cepeda ou Vavá nos eventos da Associação).
Sobre o recital: na primeira parte Serrano tocou Narvaez (Canción del Emperador), Dowland (Fantasia 7), Tansman (Prelúdio e Cavatina) e Ponce (Theme Varié e Finale),. Ao iniciar o recital, era possível perceber que a sonoridade básica do chileno era de grande beleza e precisão; ele mantinha também um controle absoluto da dinâmica instrumental. Na sua escola técnica, são alinhados o pulso e o antebraço direito, o toque digital é relativamente diagonal e o apoyando não é empregado. Nas duas obras iniciais, originais para a vihuela e o alaúde quinhentista, ele afixou um capotasto no terceiro traste do seu instrumento, e demonstrou na sua execução um conhecimento aprofundado das normas interpretativas deste repertório (na sua realização escalar, as durações desiguais “inegale”; no seu controle sobre a polifonia e no seu tratamento das cadências). O Tansman que seguiu foi bem interpretado, e no Ponce Serrano deu novas provas da sua maturidade musical e facilidade digital.
Na segunda parte, o violonista chileno interpretou duas obras canônicas do repertório do século XX: o Col.lectici Intimi do espanhol Vicente Asencio, e a Sonata Op. 47 do argentino Alberto Ginastera. Apesar de pequenos problemas técnicos no último movimento do Asencio, o chileno continuou demonstrando a propriedade interpretativa que caracterizou a sua performance das obras anteriores. Serrano finalizou o recital de forma brilhante com a sua execução da Sonata, proporcionando uma das melhores versões que este articulista já teve o privilégio de assistir. Se os outros cinco concertos que compõem a programação do Guitarrisimo em 2007 forem do mesmo nível deste (sempre na Sala Cecília Meireles - ver em baixo), então os associados da AV-Rio estão recebendo um verdadeiro presente.
02/08 – Entrequatre // 17/09 – Pedro Sierra // 01/10 – Ernesto Esnajer Dúo // 07/11 – Eduardo Eguez // 04/12 – Fernando Espí
Nicolas de Souza Barros (UNIRIO)
Na quarta-feira passada, fui assistir o recital do jovem violonista chileno Renato Serrano na Sala Cecília Meireles, evento que compõe a programação da série Guitarrisimo, uma produção da Dell’Arte e do Instituto Cervantes. Lá encontrei com Carla Branco, a Coordenadora de Assuntos Culturais do Instituto Cervantes, e na conversa que seguiu, ela sugeriu a idéia de franquear os ingressos dos associados da AV-Rio que apresentassem o boleto bancário (ou uma declaração) comprovando o pagamento do 1o semestre de 2007. (Associados que estiverem em dia com a AV-Rio, mas que não conseguirem encontrar o seu boleto bancário, podem obter uma declaração com Julio Cepeda ou Vavá nos eventos da Associação).
Sobre o recital: na primeira parte Serrano tocou Narvaez (Canción del Emperador), Dowland (Fantasia 7), Tansman (Prelúdio e Cavatina) e Ponce (Theme Varié e Finale),. Ao iniciar o recital, era possível perceber que a sonoridade básica do chileno era de grande beleza e precisão; ele mantinha também um controle absoluto da dinâmica instrumental. Na sua escola técnica, são alinhados o pulso e o antebraço direito, o toque digital é relativamente diagonal e o apoyando não é empregado. Nas duas obras iniciais, originais para a vihuela e o alaúde quinhentista, ele afixou um capotasto no terceiro traste do seu instrumento, e demonstrou na sua execução um conhecimento aprofundado das normas interpretativas deste repertório (na sua realização escalar, as durações desiguais “inegale”; no seu controle sobre a polifonia e no seu tratamento das cadências). O Tansman que seguiu foi bem interpretado, e no Ponce Serrano deu novas provas da sua maturidade musical e facilidade digital.
Na segunda parte, o violonista chileno interpretou duas obras canônicas do repertório do século XX: o Col.lectici Intimi do espanhol Vicente Asencio, e a Sonata Op. 47 do argentino Alberto Ginastera. Apesar de pequenos problemas técnicos no último movimento do Asencio, o chileno continuou demonstrando a propriedade interpretativa que caracterizou a sua performance das obras anteriores. Serrano finalizou o recital de forma brilhante com a sua execução da Sonata, proporcionando uma das melhores versões que este articulista já teve o privilégio de assistir. Se os outros cinco concertos que compõem a programação do Guitarrisimo em 2007 forem do mesmo nível deste (sempre na Sala Cecília Meireles - ver em baixo), então os associados da AV-Rio estão recebendo um verdadeiro presente.
02/08 – Entrequatre // 17/09 – Pedro Sierra // 01/10 – Ernesto Esnajer Dúo // 07/11 – Eduardo Eguez // 04/12 – Fernando Espí
Labels: CICLO GUITARRÍSIMO, crítica musical, Nicolas de Souza Barros
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